19/11/2013

O caminho até aqui - Introdução

Fato que é que sou mãe!
Ainda é estranho falar em voz alta, mas é verdade.
Após 2 meses de tentativas, o exame positivo. Que alegria!
São muitos blogs de maternidade, mas resolvi escrever aqui semanalmente como andam as coisas. Pouquíssimas pessoas sabem, logo, se você é um dos meus 3 leitores e me tem no facebook, peço que não comente nada por lá por enquanto.
São muitas estatísticas negativas..de 10 a 20% de todas as gestações são inviáveis e resultam em aborto espontâneo até a 12ª semana.
Claro que, otimista de carteirinha, tenho a certeza de que em julho haverá mais um flamenguista nesse Rio de Janeiro, mais uma pessoinha morena e muito amada, mas ao menos até dia 22 de novembro quando faremos o primeiro ultrassom e veremos o coraçãozinho pulsar, quero manter a discrição.
Sendo assim, gostaria de registrar todo o caminho até aqui.
São muitas lembranças, composições, construções para a minha maternidade, como escrevi no último texto.
Algumas, especialmente, acho importante ficarem registradas.
Hoje começo com uma lembrança de Julho de 1997, ano da minha primeira menstruação.
Neste julho, viajei para Cabo Frio com meus pais e ia muito à praia sozinha, para ler, pensar, coisas que sempre amei fazer. Numa dessas idas ao mar, barriga bem inchada e sensível indicando que a menstruação viria, alisei a barriga e pensei: que barato que deve ser estar grávida! Esta é uma das minhas primeiras lembranças de que eu realmente queria ser mãe, queria gestar um dia, num futuro. Eu tinha 13, quase 14 anos.
Lembro também de uma preocupação quando muitas amigas do colégio já tinham menstruado pela primeira vez e eu não. Eu sabia que para engravidar um dia era necessário menstruar e tinha medo de não menstruar nunca. Sempre me senti atrasada, que coisa doida!
Hoje percebo que não tinha nada demais, menstruei pela primeira vez com 13 anos e alguns meses! É que havia as meninas já com corpo de mulher, seios fartos, quadris largos já nessa idade e eu era tão magrinha, tão menininha, que temia nunca me sentir uma mulher.
Bom, neuras a parte, nada disso aconteceu! Menstruei sim e sempre regularmente, evitei durante anos uma gravidez indesejada, me preparei demais para gestar e cá estou, a cada dia com mais certeza de que quase nada prepara para essa deliciosa experiência.
Me pego quase sempre emocionada, geralmente lerda e burra, às vezes temerosa e preocupada...será? Será que irá tudo bem? O bebê crescerá bem e saudável? Será que é um só? Será que terei meu tão desejado parto? Será que seremos bons pais? Será que o dinheiro vai dar?
São perguntas que vem e vão, sem muitas neuras, mas que compõem esse novo estado em que me encontro. Amanhã continuo...

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