10/01/2014

A 12a. Semana ou Tudo se encaminha...



Como disse no texto anterior, comecei a 12ª semana em outro clima (bipolar, eu???). Era uma semana muito aguardada. Faríamos a ultrassonografia de tranlucência nucal e teríamos a consulta com a Médica Obstetra que trabalha em parceria com Enfermeira Obstetra que está me acompanhando.
Queria ter feito a ultra antes da consulta, mas não consegui, pois marcar uma ultra aqui no Rio é uma missão quase impossível só conseguida com 1 mês de antecedência. Fui à consulta sozinha, por opção, pois eu queria trabalhar com a médica alguns dos medos que expus aqui e preferia fazer isso sem o marido presente. Como o horário e o local da consulta não eram muito bons pra ele, foi perfeito.
Fiquei muito impressionada com esta consulta médica. Foi a segunda vez que fui numa obstetra humanizada (visto que fiz meu acompanhamento pré-concepcional com uma também, maravilhosa, porém menos experiente), de onde saí mais feliz e mais confiante do que entrei.
Já cheguei de cara despejando minhas questões com hospital e cesariana, meus incômodos com enjoo, acne excessiva e um mestrado totalmente atrasado por falta de disposição. Ela começou falando comigo sobre o parto, sobre quais as indicações de cesárea e, principalmente, COMO é tomada esta decisão e realizada a cirurgia, nos padrões que ela considera ideais para a mãe e o bebê. Nem preciso dizer que o bebê não é separado da mãe (a não ser em caso de necessidade de UTI, reanimação, etc), não precisa rolar aquele período de "recuperação da anestesia", no qual algumas mulheres chegam a ficar 6, 8, 10 horas longe de seus filhos, o bebê não vai para berçário, a menos que eu queira, etc. Me explicou como se dá a avaliação de um parto complicado, que deve ser interrompido, conversamos sobre as mil complicações que me davam caraminholas na cabeça, enfim, foi redentor.
Conversamos também sobre valores e nossa (falta de) possibilidade financeira. Ela foi super aberta a negociar os valores, baseando-se no que o plano reembolsaria, visto que está dividindo o acompanhamento com a EO (que por eu ter mais vínculo e consultas mais frequentes, ficará com a maior responsabilidade no acompanhamento). Falamos sobre a Enfermeira Obstetra, que recebe muitas críticas de alguns meios aqui do Rio, mas que pelo vínculo e experiência foi com quem eu me afinei mais e em quem ela confia e não tem nada a dizer de sua conduta, sobre os incômodos da gestação (como disse antes, acne e enjoo que ainda persistem - e eu confesso que -me iludi- pensei que com 12 semanas tudo magicamente desapareceria). Enfim, foi importantíssimo, transformador, tranquilizador e tudo o mais de bom que, por mais que eu imaginasse que seria, nunca pensei que me trouxesse logo no primeiro encontro a tranquilidade que me faltava, a cereja do bolo, sabe?
E pra terminar, conseguiu escutar os batimentos cardíacos do bebê com o sonar. Antes ela me preparou, disse que talvez não conseguisse ouvir, por ser bem pequenininho ainda. Mas não. Logo que encostou o aparelhinho, procurou, vieram eles, fortes, ritmados, lindos...muita alegria. Saí do consultório levitando!
Pra fechar a semana maravilhosa, tivemos a ultra. Engraçado que antes eu estava ligeiramente tensa e um pouquinho ansiosa pelo exame, pois coisas graves podem ser diagnosticadas e rola um medinho, né? Mas saí da consulta tão confiante que tinha certeza absoluta que estaria tudo bem, fui pra ultra como quem vai pra confirmar o que já sabe. Daí a importância de um bom pré-natal. Faço uma pausa no relato pra dizer que algumas pessoas que buscam um parto natural e sabem da quase impossibilidade de consegui-lo pelo convênio às vezes preferem pagar o parto e não o pré-natal. Eu discordo radicalmente. Um pré-natal que te coloca medos, no qual o profissional sempre desconfia da sua capacidade de parir, sempre traz pra mulher os riscos, a doença, vai minando seu parto e não adianta pagar a melhor equipe depois que o estrago pode já estar feito. Acho que um bom pré-natal, que te traga confiança e alegria, sem mentiras, com clareza, com explicações reais do que está acontecendo, do que pode acontecer, é fundamental e só assim a mulher pode de fato dizer que ESCOLHEU esta ou aquela opção de parto. Pois escolher cesariana tendo sido alertada pelo médico durante 9 meses de como o parto normal é dolorido, perigoso e ultrapassado, na verdade é uma escolha enviesada, conduzida por outra pessoa, na minha opinião. Mas eu realmente milito e acredito que a mulher tem que ter direito de escolha sobre seu corpo, total e irrestrita e que esse direito é dela e não do marido, do médico, da mãe, etc. Desculpe o intervalo!
Voltando, tivemos então a ultra, onde vimos nossa pessoinha linda, toda cheia de movimentos, pernas, braços, mãozinhas, pezinhos, coluna vertebral, costelas, o que é aquilo gente? Se mexia tanto que deu um trabalhão pra médica medir a tal da TN, o que adoramos, pois ficamos curtindo o bebezinho e babando, né! Mas ao final conseguiu medir e está 1,3 mm, dentro de todos os parâmetros de normalidade, para nossa alegria!
Tirei a primeira foto de barriga, que uso para fechar o texto, no intuito de dividir um pouco dessa emoção e alegria com minhas poucas e queridas leitoras!!!

2 comentários:

  1. Que lindos! Que foto fofa!
    Fico feliz que esteja mais tranquila depois da consulta e tenho que concordar com você: um pré natal que tranquiliza a gente é tudo de bom!

    ResponderExcluir
  2. Que foto linda !!!!! E olha como a barriguinha já está grande !!!

    Querida, concordo totalmente com vc ... antes de qualquer coisa, termos um bom pré natal. Ele é o início para termos uma gravidez tranquila e um parto também (qualquer parto que for).

    Olha, eu escolhi uma cesária por opção e conhecimento dos riscos e graças a Deus os hospitais aqui de Brasília funcionam de uma forma diferente do Rio (pelo menos o hospital que eu escolhi foi assim). Assim que termina a cesária, fui para a salinha de recuperação e a Giulinha foi comigo. Lá mesmo a enfermeira já colocou ela no meu peito para mamar e ela ficou lá deitadinha comigo. Não existe berçário !!!! A criança nasce e fica com a mãe no quarto. Além disso, tem rigoroso controle no horário de visita (somente das 14 às 18 horas) para que a mãe e o bebê possam descansar.

    Não sei como funciona o esquema de parto normal. A minha afilhada fará em Abril ... aí conto como funciona por aqui.

    Em relação a ultra ... é do mesmo jeito !!! Uma luta para conseguir marcar !!!!!! ;(

    Beijinhos !!!!!!!

    ResponderExcluir

Se gostou ou não do texto, compartilhe comigo sua opinião! Responderei logo abaixo de seu comentário. Volte sempre para novas leituras!